A primeira vez a gente nunca esquece
- Flávio Adriano
- 19 de jul. de 2018
- 1 min de leitura

Encontrei há algumas semanas o companheiro Paulo Goethe. É um cara que me dou muito bem e respeito pra caramba. Mas nem sempre foi assim... Em junho de 1996, fiquei sabendo que havia uma vaga de estágio na editoria de Vida Urbana do Diario de Pernambuco. Corri ao telefone e consegui marcar um teste no antigo prédio da Pracinha do Diario. Era um sonho trabalhar no jornal mais antigo em circulação da América Latina.
Chegando na Redação no dia marcado, procurei logo o então editor de Vida Urbana, Paulo Goethe. Com cara de poucos amigos, ele foi curto e grosso na hora de me passar a pauta do teste: “Eu quero que você procure saber a situação das barracas”. E eu, tremendo mais que vara verde, fiquei com vergonha de perguntar que ‘barracas são essas?’. Passei mais de duas horas parado no meio da Redação com aquilo na cabeça.
Até que respirei fundo e fui perguntá-lo: “Licença, Goethe. Mas... que barracas são essas?” E ele respondeu aos gritos: “Que mês nós estamos?! Junhooooo!!! Então quero saber a situação das barracas de vendas de fogoooooooos!!!!” Se eu já estava tremendo, só faltou a mijadinha nas calças. Fiz a matéria de uns 30 centímetros, porém, no outro dia, veio a surpresa: o texto virou um intertítulo minúsculo e completamente modificado. Não precisa nem dizer que eu acabei reprovado nesse teste, né?!
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