Cipó ou Sipó?
- Flávio Adriano
- 15 de mar. de 2018
- 2 min de leitura
Certa vez quando eu trabalhava no Jornal do Commercio, o então editor de Esportes e grande mestre, Lenivaldo Aragão, pediu para que eu fosse assistir à final do Brasileirão da Série A de 97, numa casa em Rio Doce, Olinda. O motivo?! É que lá morava a família do volante Nasa, do Vasco da Gama - naquele dia, o time carioca conquistou o título ao empatar com o Palmeiras em 0x0, no Maracanã.

O que me chamou a atenção foi quando os pais do jogador explicaram o porquê daquele apelido de Nasa. “O time que o meu filho jogava aqui em Olinda se chamava Nasa, que significava ‘Nós Ainda Somos Amadores’. Então, já que ele era o grande craque da equipe, os amigos resolveram chamá-lo dessa forma também. Meu filho merece”, comentou na época a mamãe coruja (não me lembro mais o nome dela e nem do próprio Nasa).
Pois bem, anos depois, já na Folha de Pernambuco, precisei ligar para um jornal de Fortaleza com o objetivo de pegar a escalação do Ceará, que iria enfrentar um dos três grandes daqui. Quando o colega chegou no nome do atacante, lembrei-me logo da história de Nasa. “… e Cipó”, disse ele. Aí eu pensei: será que é Cipó porque o cara gosta de pegar em cipó por aí? Se for assim, apesar de ser algo comprometedor, escreve-se com “C”. Mas se forma uma sigla como Nasa, o apelido pode começar com “S”.
Nessa hora, não tive dúvida: “Amigo, como é esse Cipó (ou Sipó) dele”? E o colega me respondeu: “Eu sei lá, nunca vi”! Silêncio sepulcral. Por um segundo, pensei em mandá-lo para “aquele canto”, mas acabei não me aguentando... E a gente morreu de rir.
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