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Eu estava na Batalha dos Aflitos

  • Foto do escritor: Flávio Adriano
    Flávio Adriano
  • 30 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

O Timbu nadou, nadou...e morreu na praia

Aquele 26 de novembro de 2005 nunca mais vai sair da minha cabeça. E nem de nenhum torcedor do Náutico que se preze. A Batalha dos Aflitos foi surreal e eu, sinceramente, não sei se vai voltar a acontecer algo, pelo menos, parecido no futebol. Na época eu era o editor de Esportes da Folha de Pernambuco e, para aquele dia, montamos um esquema de cobertura com todos os 12 integrantes da editoria. Seis foram aos Aflitos cobrir o jogo Náutico x Grêmio, e os outros seis partiram para o Arruda por conta de Santa Cruz x Portuguesa. Eu fiquei coordenando a equipe nos Aflitos, enquanto que o companheiro Flávio Batista comandou o povo no Arrudão.


Assisti à partida ao lado do companheiro Kauê Diniz, lá da tribuna de imprensa. O local, todo de madeira, balançava mais que avião em dia de turbulência fuderosa. Vimos, assustados, o Grêmio ter quatro jogadores expulsos, o Náutico perder dois pênaltis (Kuki amarelou ao não bater o segundo) e ainda Anderson fazer o gol da vitória gaúcha. Eu olhava para Kauê, e a gente não acreditava naquilo que estava à frente dos nossos olhos. Pense na doideira!


O negócio foi tão brabo que, quando o árbitro deu o apito final, a torcida alvirrubra saiu do estádio parecendo um bando de zumbis. Eu me senti naquela série The Walking Dead. Pior foi ver no vestiário timbu gente chorando e desmaiando, jogador em choque e diretor surtando. Já aí me vi no filme A casa caiu. E olhe que não era de papel, viu?!


Saímos dos Aflitos completamente carregados de energia negativa. Como a edição especial só seria fechada no domingo para ser veiculada na segunda-feira (os dois jogos aconteceram simultaneamente no sábado), eu, Kauê e Rafael Carvalheira marcamos com o povo da Folha de S. Paulo para tomar uma. Bebemos até a madrugada. A cachaça foi tanta que um dos colegas perdeu o avião no outro dia. Apesar da ressaca no domingo, fechamos uma edição histórica de mais de 20 páginas para os dois jogos decisivos. A equipe toda deu show! Pena que a comemoração não foi completa. O Timbu que o diga...

 
 
 

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