Nunca tolerei a intolerância – Fim da trilogia
- Flávio Adriano
- 25 de out. de 2018
- 1 min de leitura

O bom da democracia é você poder expor a sua opinião (de forma responsável, claro!) e não sofrer nenhum tipo de retaliação. E olhe que, infelizmente, até num ambiente democrático, o pensamento intolerante insiste em aparecer. Lembro bem que, em janeiro de 1998, quando estava no caderno de Esportes do Jornal do Commercio, fui escalado pelos mestres Lenivaldo Aragão e José Neves Cabral para produzir o caderno especial do Campeonato Pernambucano com os times do Sertão.
Ao chegar em Serra Talhada, comecei a coletar o material com o pessoal do Ferroviário. O problema é que só tinha bronca por lá. Era jogador tendo que ir a pé para o treino, numa distância de dois quilômetros da concentração ao estádio, a água de beber era suja e a casa onde todos moravam estava entregue às baratas, literalmente. Como jornalista, tive que mostrar tudo aquilo nas páginas do jornal.
A diretoria do Ferroviário ficou tão arretada comigo que passou a me mandar recados do tipo: “Ele que tome muito cuidado. Vamos encontrá-lo para dar um pau nele até na Praia de Boa Viagem!”. Aquilo realmente me assustou. Porém essa bomba toda desse povo não passou de um traque de massa. Graças a Deus!
Então, se com a democracia, isso foi possível acontecer, imagine se Bolsonaro, esse fascista defensor da tortura, homofóbico e misógino, chegar realmente à Presidência da República… Será o caos! Mas ainda dá tempo de evitar esse erro. Basta apenas digitar 13 na urna no próximo domingo (28). Não se trata de ser PT ou anti-PT, o que está em jogo é a democracia...
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