O cacete e a sobrada de Paparazzi
- Flávio Adriano
- 6 de dez. de 2018
- 2 min de leitura

Aquele Sport x Santos, pelo primeiro confronto dos playoffs das quartas-de-final do Brasileirão de 1998, nunca mais vai sair da minha memória. Primeiro por estar dentro de campo e presenciar de perto uma vitória espetacular de 3x1 do Leão. Segundo pelo cacete que comeu dentro das quatro linhas entre os jogadores. O clima foi tão quente que, numa das entradas que o volante Sangaletti deu num cara do Peixe, eu ouvi até o barulho do osso na hora da pancada. Doeu até em mim!
A cada jogada de perigo, vinha uma falta dura. E o clima foi esquentando. O Sport deu um vareio de bola e venceu por 3x1, mas o que ficou marcado mesmo foi a briga generalizada no gramado. Vi do meu lado o então lateral Argel, que só tinha queixão, querer intimidar os rubro-negros só com gritaria; vi o doido do Narciso vir com uma voadora no meio da confusão; e vi o mala do Viola meter um chutaço na câmera do pobre do furão do Paparazzi. E o jogo acabou assim mesmo. Ainda bem que não me machuquei.
Mas o Sport acabou caindo fora da competição porque perdeu as duas outras partidas na Vila Belmiro (2x1 e 3x0). O tempo passou… Até que, um ano depois, Viola veio jogar de novo aqui no Recife (não lembro em que time ele estava) e, no desembarque, deu logo de cara com Paparazzi que disse, estendendo a mão:
- Cadê o dinheiro da minha câmera?
E Viola, com todo aquele jeitão de malandro, respondeu:
- Calma, meu amigo. Venha aqui amanhã, no aeroporto, às 15h, que eu te dou o dinheiro, ok?!
E Paparazzi saiu feliz da vida, crente que ia receber a grana para comprar uma câmera novinha em folha. Mas, no dia seguinte, ao chegar no aeroporto no horário acertado, recebeu a notícia de que o time de Viola havia embarcado às 14h. Golou o ovo! Golou o ovo! Golou o ovo!
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