O namorador do Diario de Pernambuco
- Flávio Adriano
- 16 de ago. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de ago. de 2018

Havia um cachorrinho vira-lata todo pretinho que, de tanto frequentar as calçadas do Diario, acabou adotado pelo povo do jornal. O bichinho tomava banho, ganhava ração e até fazia visitas ao veterinário. Eu mesmo levei comida pra ele algumas vezes. Sem dúvida nenhuma, era melhor tratado do que muito cachorro de madame por aí. Dizem inclusive que ele chegou até a visitar a Redação do DP num sábado à tarde. Pense na moral!
Além de gente boa, Pretinho (como foi carinhosamente apelidado por todos os colegas) era um verdadeiro Don Juan. Não havia uma cadelinha da rua que ainda não tivesse sido conquistada pelo danado. O cara tinha tantos filhotes que parecia mais um coelho. Vai gostar de namorar assim lá na...
Pois bem, certo dia, de ruindade, algum gaiato pegou o pobre do Pretinho e o jogou dentro de um lava a jato que tinha perto do jornal. A bronca é que, à noite, o dono do estabelecimento colocava uma grade e ainda soltava uma rottweiler mais braba que tudo nesse mundo. A fera iria destroçá-lo! Coitado de Pretinho! Coitado?!
Por estar no cio, a cadela não resistiu aos encantos do conquistador. Sem ninguém para perturbar o casal, Pretinho namorou a noite todinha. Só saiu de lá quando abriram o lava a jato logo de manhã cedo. Chega o cara tava fraco, e ela nas nuvens... Resultado: algum tempo depois, a brabinha pariu um bocado de pretinho em miniatura. O dono da cachorra ficou louco de raiva e queria até matá-lo, mas o povo do Diario não deixou. Para o bem das cadelinhas da rua e da rottweiler que não paravam de lembrar dele. Namorador era ali, viu?!
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